terça-feira, 19 de setembro de 2017

O que esconde o “método Paulo Freire”?

Nivea Pagnano

“Podemos pretender ser quanto queiramos; mas não é lícito fingir que somos o que não somos.” José Ortega y Gasset

Paulo Freire (1921-1997) é muito conhecido no meio acadêmico e considerado uma autoridade a ser seguida pela maioria dos docentes, além de fazer parte de bibliografias de concursos para o Magistério público. Patrocinado pela Petrobras e Federação Única dos Petroleiros, o Instituto Paulo Freire tem como missão “educar para transformar”.

Chegando a ter sido nomeado patrono da educação no governo Dilma, qual foi sua contribuição para a Educação no Brasil? Consta em biografia publicada no próprio Instituto, como “parte intrínseca” da obra de Paulo Freire, seu “Método de Alfabetização”, cuja proposta consiste em “estimular a inserção do adulto iletrado no seu contexto social e político, promovendo o despertar para a cidadania plena e transformação social”.

Paulo Freire testou o método em 1961, na época como diretor do SESI – Serviço Social da Indústria – em parceria com entidades, também marxistas, promovendo a alfabetização de adultos cortadores de cana de açúcar, no Recife, sua terra natal. Desde então, participou de políticas públicas educacionais de governos como o de João Goulart, e de Luiza Erundina, produzindo extensa bibliografia de cunho ideológico esquerdista.

O que não é mencionado, no conjunto da obra e biografias do educador, é a provável fonte inspiradora de seu método. Em 1943, esteve em Recife, Frank Charles Laubach (1884-1970), um missionário americano desenvolvedor de metodologia de alfabetização de adultos, já disseminada, até então, em 34 países. Sua estratégia adotava como princípio a técnica “each one teach one” (cada um ensina um), levando os adultos a aprenderem a ler em seu próprio idioma, por meio de cartilhas. Sua vinda ao Brasil, a pedido do governo federal, gerou ampla repercussão, nos meios estudantis, tendo ministrado inúmeras palestras em escolas e universidades. Na época, Freire em sua autobiografia, sequer cita o missionário educador. No entanto, cartilhas similares às de Laubach, começam a surgir em Recife, porém enquanto as primeiras de cunho cristão, as de Freire com idêntica metodologia, eram carregadas de discursos de teor ateísta com ênfase na luta de classes. 

Assim como a intelectualidade gramscista criou o mito do “pai dos pobres”, o patrono da educação brasileira, é cria do mesmo pensamento hegemônico. Os resultados não poderiam ser piores, e serão abordados, em breve, no próximo artigo.

Fonte Nacional


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