sexta-feira, 14 de julho de 2017

Presidente do TST elogia reforma trabalhista

Eduardo Barreto / Bárbara Nascimento / Leticia Fernandes

Para Gandra Filho, Justiça do Trabalho também ganhará velocidade com a medida

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, elogiou a reforma trabalhista e disse que haverá benefícios para empresas, trabalhadores e economia. Nesta quinta-feira, em cerimônia de sanção da reforma no Palácio do Planalto, Gandra Filho também afirmou que a Justiça do Trabalho ganhará velocidade.

— Talvez a melhor forma de proteger o trabalhador seja exatamente esse caminho trilhado pela reforma. Todos nós queremos a mesma coisa. Proteção para o trabalhador, segurança jurídica para empresas, e que haja investimentos no Brasil, que a economia volte a crescer.

O ministro, aliado de Temer que chegou a ser cotado para o Supremo Tribunal Federal no começo do ano, ainda rebateu uma das principais críticas da reforma, de que o TST e a Justiça do Trabalho perderam força e tiveram sua atuação “podada” pela nova lei. Ele afirmou que houve uma simplificação do sistema recursal e um fortalecimento das decisões de segunda instância, o que vai deixar ao TST os casos de maior importância. Além disso, Gandra Filho chamou de "proteção de papel" a salvaguarda da atual legislação trabalhista.

— Quem melhor conhece as condições de trabalho de cada ramo são aqueles que trabalham nesse ramo. Nós não conhecemos tão bem essas condições — completou, defendendo o negociado sobre o legislado, um dos pilares da reforma.

O relator da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB/RN), responsável por ampliar o projeto no Parlamento, também fez um forte discurso nesta quinta-feira. A fala do deputado foi marcada por críticas à oposição. Segundo ele, o debate no Legislativo foi desigual porque a oposição discutia com palavras de ordem e não com argumentos.

Ele ainda chamou a atitude de senadoras na última terça-feira, de ocupar a mesa diretora do plenário do Senado para evitar que o projeto fosse votado, de “espetáculo bárbaro” e comparou à situação aos coletivos bolivarianos e à Venezuela.

— (Foi) um espetáculo bárbaro, deprimente e antidemocrático de senadoras do PT.

O Globo

Nenhum comentário: