sábado, 24 de setembro de 2016

O custo social do inoperante INPI

Martim Berto Fuchs

Quinta feira, 22 p.p., escrevi um artigo sobre o INPI-Instituto Nacional de Propriedade Industrial, analisando uma reportagem do JG-Jornal da Globo, William Waack-Janaína Lepri.

Na dita reportagem, veio à público que o INPI chega a levar 11 anos, para analisar e deferir um pedido de patente. ONZE ANOS !!!

Informa a reportagem também, que o órgão dispõe de 200 técnicos para analisar os pedidos, mas não informa quantas pessoas “trabalham” no INPI.

Curioso e crítico do empreguismo no setor público brasileiro, cujo costume considero um roubo, crime portanto, procurei saber quantos pessoas constam da folha de pagamento do mesmo.

Quem teve a bondade de satisfazer minha curiosidade, dados que agora repasso, foi Gil Castello Branco do site Contas Abertas. Aliás, com a maior presteza.

Em primeiro lugar, o mais atualizado relatório das contas do INPI é de 2014. Creio que só para escrever e juntar a papelada deste relatório, devem “trabalhar” uns 600 funcionários, pois são 189 páginas de relatório, mais 24 páginas de anexo.


Pergunto: qual o empresário ou mesmo pessoa física necessitada dos serviços do INPI, que vai ler essa baboseira toda ? A troco de que ? Algumas páginas li, apenas procurando o que me interessava. Já esperava o que encontrei, mas mesmo assim a gente leva um choque !

Trabalham neste órgão público para sua finalidade fim, a principal, que é analisar e aceitar ou não um pedido de patente, 200 pessoas capacitadas para isto, mas tem, pasmem, um total de 1.026 pessoas na folha de pagamento. 4 x 1 !!! 

20% = 200 produzem
80% = 826 enchem papéis

Confesso que esperava encontrar até 3 por 1, mas não 4 por 1. Aqueles que acompanham essa minha luta constante contra o empreguismo no setor público, sabem das críticas que faço às Secretarias de Educação, em todos os níveis, onde esses parasitas prejudicam o país, todos os anos, com greves que já constam até do seu calendário. São automáticas. E na Educação, essa cretinice alcança o índice de 3 por 1, ou seja, para cada 1 (professor) que trabalha na atividade fim, 3 “trabalham na administração”, não obstante o uso da informática. Aí incluído, por óbvio, a expressiva parcela cuja única finalidade é cuidar das próximas greves; pintar cartazes com FORA qualquer um que não compartilhe com suas baboseiras e conseguir tinta para pichar e depredar prédios públicos.

Tanto se fala em reforma política, a principal, e outras tantas, mas senão encararmos de frente a questão do tamanho desnecessário e criminoso do Estado, nosso país nunca sairá da dependência financeira.

Injustiça social é desempregar quem trabalha, hoje na casa das 12 milhões de pessoas, e manter às custas dos desempregados – imposto sobre consumo -, os milhões de parasitas no setor público, indemissíveis.

Isto é injustiça social !!!

Em qualquer empresa privada que se preze, a equação é a inversa:

20% = 200 enchem papéis
80% = 826 produzem

Com absoluta certeza, se invertessem os números, os que pagam por este serviço não precisariam esperar 11 anos !!! para serem atendidos, nem o Brasil pagaria, como paga, tanto royaltie para o exterior.




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