quinta-feira, 1 de setembro de 2016

E agora ? Vamos mudar ou continuar com essa falsa democracia ?

Martim Berto Fuchs

Chega um dia que cansa. Em 28 de julho p.p., um misto de nojo e vergonha da política brasileira, me fez pensar seriamente em não mais acompanhar o que se passa na vida nacional, pois se é para assistir diariamente em toda mídia esta baixaria, o melhor é ir conviver com os netos, e participar novamente do único lugar onde ainda se encontra inocência.

Por óbvio, não podemos esperar encontrar inocência na política e nos negócios, mas também não somos obrigados a chafurdar nesta imundície que nos cerca, e é isso que se nos defronta no Brasil da era PT. A situação nunca foi boa, mas degringolou de vez.

Agora, com o afastamento definitivo desta senhora que chegou ao Poder supremo do país graças a um processo político vencido e podre, e que se mantém ativo apenas por conveniência dos por ele eleitos, cabe novamente questionar:

- E agora ? Vamos mudar ou continuar com essa falsa democracia ?

Estando os sindicalistas afastados da Corte da nossa Monarquia Republicana ou República Monárquica à partir de agora, ficarão os outros dois grupos - oligarquias agrárias e burguesia industrial e financeira, que a dominam desde 1889 - apenas se digladiando pela chave do cofre ou teremos um pouco de decência por parte deles para a correção de rumos que se impõe ?
Não creio. Quando muito procurarão equilibrar, como sempre, as receitas com as despesas já existentes e assim continuar mantendo o barco à tona.  

Alicerçados num sistema político que tem por base os partidos - organizações criminosas legalizadas pelos próprios criminosos -, cuja única ideologia é o enriquecimento ilícito através do assalto aos cofres públicos, seja diretamente ou através das empresas estatais mantidas com esta finalidade, eles se encontram enleados e amarrados em suas próprias teias. As quadrilhas que os mantém no poder impedem as mudanças.

Senão vejamos. Os “capos” já estão pensando mais nas eleições de 2018 do que na premente necessidade de corrigir o desvio de rota comandado pela ex-Presidente. As medidas a serem tomadas começam a ser pesadas em função das próximas eleições para a Presidência da República e não como necessidade urgente de reverter a desordem econômica instalada, e o caos social daí redundante.

O lulopetismo – 3º grupo da Corte - só se preocupa em não desaparecer do mapa político e para isto jogará sujo como sempre fez, pouco se importando com o país, desde que consigam sua participação no butim e manter a esperança de socialização, o que eles sempre perseguiram. 
E os outros dois grupos já começaram a briga pela chave do cofre, considerando que desta vez os sindicalistas estão fora da disputa e com isso o caminho fica mais fácil para eles.

E é nisto que se resumirão os próximos atos da política tupiniquim. Ou por acaso os três podres poderes se preocuparam com o país durante todo esse absurdo processo de impeachment, iniciado, vejam bem, em 02 de dezembro de 2015 ? Que democracia é esta que submete um país inteiro ao desespero, só para atender os interesses da sua classe política, que na sua quase totalidade, não passa de um bando de irresponsáveis ? Não bastasse isso, ainda permitiram, rasgando a Constituição, que essa senhora possa continuar ocupando cargos públicos, não obstante ter demonstrado sem qualquer sombra de dúvida, que é incompetente e desonesta, seja como funcionária eleita ou como funcionária nomeada.

No projeto de Capitalismo Social são apresentadas soluções inovadoras que merecem ser analisadas com vagar, pois pela primeira vez não são simples reformas ou remendos do existente que se está a propor e sim um novo paradigma na confecção de um novo Contrato Social.

Superparlamentarismo

Brasil:
-16.000 distritos
-2.000 municípios
-138 mesorregiões
-27 estados
-01 país.

1ª eleição: para Conselheiros Municipais (= Vereadores)
- 16.000 distritos x 14 Conselheiros Municipais por distrito = 224.000
- 224.000 Conselheiros Municipais escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar.

4 semanas após:
2ª eleição: para Primeiros-Secretários Municipais e automaticamente Conselheiros Regionais (= Secretários Municipais e automaticamente Deputados Regionais)
- 2.000 municípios x 14 Primeiros-Secretários Municipais = 28.000
-28.000 Primeiros-Secretários Municipais escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 224.000 Conselheiros Municipais já eleitos.

4 semanas após:
3ª eleição: para Prefeitos. Por maioria simples.
-2.000 Prefeitos escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 28.000 Primeiros-Secretários Municipais já eleitos.

4 semanas após:
4ª eleição (1): para Primeiros-Secretários Regionais e automaticamente Conselheiros Estaduais (= Secretários Regionais e automaticamente Deputados Estaduais)
-138 x 14 Primeiros-Secretários Regionais = 1.932
-1.932 Primeiros-Secretários Regionais escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 28.000 Conselheiros Regionais eleitos.

4ª eleição (2): para candidatos à Governador
-138 candidatos a Governador, 01 por mesorregião, escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 2.000 Prefeitos eleitos.

4 semanas após:
5ª eleição (1): para Primeiro-Secretário Estadual e automaticamente Conselheiro Nacional (= Secretário Estadual e automaticamente Deputado Federal)
-27 estados x 14 Primeiros-Secretários Estaduais = 378
-378 Primeiros-Secretários Estaduais escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 1.932 Conselheiros Estaduais eleitos.

5ª eleição (2): para Governador. Por maioria simples.
27 Governadores escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 138 candidatos à Governador eleitos.

4 semanas após:
6ª eleição (1): para Primeiros-Ministros (= Ministros de Estado)
14 Primeiros-Ministros escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 378 Conselheiros Nacionais eleitos.

6ª eleição (2): para candidato à Presidente
05 candidatos à Presidente, 01 por região (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul), escolhidos e eleitos pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 27 Governadores eleitos.

4 semanas após:
7ª eleição: para Presidente da República. Por maioria simples.
01 Presidente da República escolhido e eleito pelos eleitores não analfabetos e que se dispuseram a votar, entre os 05 candidatos à Presidente eleitos.

§ único
-Candidato já eleito para uma determinado cargo em uma das eleições e que é novamente eleito para um cargo mais elevado na eleição seguinte, será automaticamente substituído pelo suplente imediato, no cargo vago. Estas substituições só terminam após a 7ª e última eleição, quando estarão definidos todos os cargos.


Salário de Conselheiro Municipal = Vereador
-Só jetom, por sessão participada.

Democracia = poder do povo
Esta seria a primeira parte do projeto de Capitalismo Social, sem a qual todo restante se torna inócuo. Se o Estado não for colocado no seu devido e respeitável lugar, não adianta a sociedade se esforçar. Tudo que fizermos será anulado por um Estado opressor como é o nosso atual, que aliás, sempre foi assim.

UMA  ideologia, e esta para o país como um todo, e não de grupos
Aperfeiçoar o que deu certo até hoje e abandonar o que deu errado até hoje.
Tudo o mais é demagogia de quem quer fazer da política uma profissão altamente rentável e viver às custas do trabalho alheio.

Voto de analfabeto
Voto de analfabeto só serve para manter populistas, demagogos e ladrões com a chave do cofre nas mãos. Fato.
À partir do momento em que o dinheiro hoje extorquido da sociedade para sustentar um Estado como fim em si mesmo, passar à ser investido de forma racional e honesta, começando pela educação, teremos um Estado servidor e fiscalizador do Contrato Social instituído pelos eleitores alfabetizados.
É o único caminho para erradicar o analfabetismo, e fazer com que todos, aí sim, participem dos debates para o aperfeiçoamento contínuo das normas que mantém o Estado coeso.
Importante.  Alfabetização tem que ser também um processo de difusão e partilha do conhecimento e não mera doutrinação, tão ao gosto de ideologias canhestras.

Recall
Para o eleitor alfabetizado, o “recall” deve ser uma instituição do maior valor:
1.As urnas eletrônicas poderão registrar o número do seu Título de Eleitor.
2.Digitando o número do seu título ao votar, ele ficará registrado no banco de dados, além de sair impresso no comprovante fornecido pela urna.   
3.Se optar pelo registro, poderá posteriormente anular seu voto em determinado candidato. Este “recall” se fará na Justiça Eleitoral. Ou seja, para anular o mandato de determinado eleito, você terá que ter votado nele e comprovar.

No “recall” que está sendo proposto em alguns artigos que tenho lido, basta um determinado número de pessoas participar de um abaixo assinado, um “partido”, e tentar anular o mandato de um desafeto. Prato cheio para os militontos e para outros nem tão tontos assim.



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