terça-feira, 10 de maio de 2016

“Ponte para o Nada”

Martim Berto Fuchs

Ontem o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão do PP (sempre eles), representante da sesmaria dos Sarney, apoiado e instigado pelo dinossauro ideológico que por enquanto ocupa a cadeira de capataz das terras deles, Flávio Dino do PC do B (precisa dizer mais ?), buscando seus 15 minutos de fama, houve por burrice anular a decisão do plenário da Câmara no que tange a defenestração da ANTA.

Conseguiu com isso dar uma ilusão de sobrevida para “madame” Dilmona e para os senadores da tropa de choque do lulopetismo, que já aproveitaram a deixa para bagunçar (nenhuma novidade) a leitura do relatório no Senado.

Paralelamente a esta patuscada, o quem sabe futuro presidente Temer (depende do TSE) continua com a montagem de mais um ministério na nossa explorada res pública. República explorada pelos estrangeiros que aqui deitam e rolam, e pelos seus cúmplices internos - nossos políticos de todos matizes -, associados às corporações estatais do patronato, assim como as do trabalho, ambas postas à funcionar durante a ditadura Vargas para manter o Estado como fim em si mesmo. 

“Ponte para o Nada”, ilusionismo criado pelos marketeiros, sempre eles, desta vez do PMDB, nada mais é que uma carta de intenções para os novos efeitos especiais com os quais eles esperam nos distrair, enquanto tudo permanece igual, mas sempre muito rentável para todos os envolvidos, e sempre muito dispendioso para nós que pagamos a conta.

Um sistema político natimorto, parido pela “Constituição Cidadã” de 1988, a 7ª, consubstanciado na chamada base “aliada”, que prefiro chamar de enlameada, tendo esta o poder de travar qualquer mudança significativa nas relações entre governo e sociedade, vem nos mantendo amordaçados e ignorados, apenas aceitos na condição de sustentadores da Corte,.

Tanto a palhaçada desse Maranhão do Maranhão, como o ministério de “ex-notáveis” que está sendo montado, garantem apenas a manutenção dos privilégios de poucos em detrimento de muitos. Nada foi aprendido com o desastre dos socialistas bolivarianos no poder nesses últimos 13 anos nem com as infindáveis crises patrocinadas pelo nosso sistema político desde 1986.

Em 02 de fevereiro p.p., na apresentação da 6ª edição do projeto de Capitalismo Social, chamei a atenção para a eventual necessidade da Intervenção Constitucional amparada no artigo 142 da Constituição Federal, por considerar que nossa classe política e as corporações estatais do patronato e do trabalho que lhe dão suporte, não tomariam à si a responsabilidade de mudar as atuais regras do jogo.

Isto, infelizmente, mas esperado, está acontecendo, pois alguns malucos chegaram à conclusão que o caos já instalado ainda não está grande o suficiente para que haja mudanças, e outros querem mudar para que nada mude.

Não vejo outro caminho que não seja, salvo que algum milagre aconteça pelas bandas do PMDB, que passar a defender a Intervenção Constitucional desde já:

1.Militares da reserva, que possuem homens cultos, patriotas e conhecedores dos nossos problemas, apoiados pelas FFAA, assumem o Poder Executivo, escolhendo entre si um líder, sem interferência de civis.
2.Extinguem todos partidos políticos formados e os em tramitação.
3.Cassam os direitos de todos políticos com mandato, em todo país, ficando as Casas Legislativas fechadas até que a Justiça Eleitoral organize a Assembléia Nacional Instituinte Exclusiva. Trabalho com prazo determinado.
3.1.Nomeiam os Ministros de Estado do Poder Executivo, não mais de 14.
3.2.Nomeiam os governadores e seus Secretários, não mais de 14.
3.3.Nomeiam os Prefeitos e seus Secretários, não mais de 14.
Único. Todos atuarão exercendo ativamente suas funções, não obstante transitórias.
4.Os políticos cassados e com ficha suja passam à ser julgados imediatamente pelos órgãos competentes, estritamente dentro das Leis vigentes. Caso os julgadores façam corpo mole como até agora, serão aposentados incontinenti e nomeados outros. Os aposentados estarão proibidos de voltar ao serviço público, seja via eleição ou concurso.
5.Revisão imediata da função e necessidade de permanecer no serviço público, em todas esferas, os concursados que detestam trabalhar e os não concursados sem capacidade e sem trabalho.  
6.Para as eleições da A.N.I.E., serão aceitos todos cidadãos com ficha limpa, mesmo os atuais políticos cassados, apenas que todos como candidatos independentes e aprovados na Prova de Qualificação aplicada pela Justiça Eleitoral. Partidos políticos: extintos e proibida a formação de novos.
Único. Os que participarem da A.N.I.E. não poderão se candidatar para as eleições que se darão logo após o término da Assembléia, as quais concederão mandato de 5 anos para os novos eleitos.
7.Uma vez apuradas e confirmadas as apurações da eleição, os governos de transição à nível federal, estadual e municipal, transmitirão para os novos eleitos seus cargos.

Golpe ? Golpe é permitir que continuem R-O-U-B-A-N-D-O as estatais e os cofres públicos, impunemente.

Golpe, além de crime, é permitir que os políticos acabem com todas empresas nacionais e o emprego dos seus trabalhadores, enquanto os que conseguem se manter no trabalho, tem que continuar arcando com as folhas de pagamento dos que NÃO trabalham, mas continuam empregados. No setor público, por supuesto !

Podemos continuar esta conversa após a eleição dos novos governantes para o Poder Parlecutivo (Executivo + Legislativo) e me cobrem então se o que agora é tachado de golpe, não salvou em curtíssimo prazo, nosso país.

Esta proposta recupera nosso país em DOIS e não em 10 anos como já está sendo vaticinado. Não só coloca rapidamente a composição nos trilhos, como a manterá nos trilhos.

E, por favor, me poupem os bolivarianos de falar em democracia. Não sujem este espaço falando em Cuba e demais satélites perdidos do comunismo. Comunismo, socialismo ou bolivarianismo, tudo a mesma coisa, é página virada.
Se ninguém ainda lhes avisou, já estamos no século XXI e até os feudalistas Fidel e seu irmão já acordaram. Só falta o neurônio gêmeo da Dilma, aquele que também ocupa sozinho o cérebro do ditador da Coréia do Norte, acordar.

Passos para a implantação do ante-projeto de Capitalismo Social
Estado-nação. Os Três Poderes. Seus trabalhadores.
Estrutura administrativa do Estado
Poder Constituinte
Poder Parlecutivo
Novo Sistema Eleitoral
Prova de Qualificação
Empresas Sociais
FIPS – Fundo de Investimento e Previdência Social
Impostos, taxas, royalties, multa, pedágio
Setor público: algumas remunerações de cargos eletivos e
Legislação trabalhista e sindicatos

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