sábado, 14 de maio de 2016

A covardia dos nossos homens públicos

Martim Berto Fuchs

A primeira entrevista do Sr. Meirelles já demonstrou a covardia e a cretinice da maioria dos nossos homens públicos. 

Há muito tempo a mídia vem trazendo à tona o aparelhamento do Estado, à nível federal, por parte do PT e seus penduricalhos; esses tais partidecos que sem o lulopetismo, alguns nem mais existiriam e outros nem teriam surgido. Exemplos ? PDT, PSOL, PSTU, PCdoB, PSB, e sei eu quantos mais existem pelos lados da esquerda, mamando nas tetas sempre gordas do Tesouro Nacional.

Assim como os citados, há mais um monte deles sobrevivendo com o fundo partidário e pelos empregos públicos, sem trabalho, que seus donos conseguem para a grande família de cada um, cujos salários, parte é repassado para o partido. Criam-se departamentos com a única finalidade de empregar apaniguados. Alugam-se edifícios inteiros, de amigos, por preços escandalosos, para acomodar esse sanguessugas.

Nas estatais então, nem é bom falar. Lembrem: são 142 delas. Outro dia surgiu a notícia, agora que a Petrobrás está na mira de todos que se interessam, que havia um departamento com 5 gerentes e um subordinado. E nem um diretor dessas empresas 2 x 1, um trabalha e dois olham, vai preso.

Esta mesma mídia nos dá conta de que só o PT e sua turma colocou mais de 100.000 sindicalistas pelegos pendurados nas tetas do Tesouro. Se um ascensorista do Senado ganha R$ 8 mil mensal, podemos tomar como base um salário médio de R$ 10 mil para esses inúteis todos, o que multiplicado por 12 meses dá R$ 12 bilhões por ano. Pequena amostra.

No Brasil temos, arredondando, 11 milhões de pessoas que recebem salários dos cofres públicos, sendo 6,5 milhões nos 5.565 município, 3,5 milhões nos 27 estados e 1 milhão no governo federal, sem contar as estatais.

Já disse e vou repetir: qualquer estudo sério irá concluir que a metade desse pessoal está sobrando; ou alguém vai tentar me convencer que são necessários 13.000 pessoas na folha de pagamento do Senado, contando os terceirizados, que não deixa de ser folha de pagamento, e mais algo em torno de 28.000 na Câmara ? STF e STJ mais 5.000.

Consta no noticiário, que o Sr. Meirelles vai apresentar para o ano um déficit de R$ 96 bilhões, bem menos do que os incompetentes do PT anunciavam, pois miravam na casa dos R$ 130 bilhões.

Também se noticia que poderão ser extintos 4.220 (TUDO ISSO ???) cargos no universo de 1 milhão, que nem sabemos se estão ocupados ou não.

Diminuíram 10 ministérios, mas ninguém falou quantos fantasmas saíram da folha de pagamento. Creio que não serão mais do que 10, ou seja, os ministros que não foram repostos.

Praticamente todos municípios estão falidos. O mesmo se dá com os estados. Aliás, todos eles gerenciados por irresponsáveis, que novamente estão com o pires na mão - a última vez foi em 2.000, o que ocasionou a L.R.F -, pressionando o governo federal para diminuir por decreto suas dívidas com a União, que só são pagas, parte delas, quando a arrecadação aumenta, e refinanciá-las por mais 20 anos.

Quando em 2008 terminou o milagre econômico da era Lula, este torrou R$ 5,2 bilhões em publicidade enganosa, só naquele ano, para desviar a atenção da opinião pública, mentindo ao povo brasileiro que tudo continuava as mil maravilhas. Lembram da marolinha ?

Quando os efeitos da péssima gestão econômica e financeira da equipe dos heterodoxos começou se fazer sentir, começo de 2013, havia um pouco mais de 5 milhões de desempregados no país. Chegamos, de lá para cá, prazo curto, a mais de 11milhões de pessoas desempregadas. Quer dizer, 6 milhões de TRABALHADORES perderam seu trabalho, sim, porque esses trabalhavam, e tudo porque a classe política é incapaz de tomar medidas corretivas.

Agora, o sr. Meirelles em sua primeira entrevista coletiva já anunciou que após um exame mais acurado das finanças do país, poderá criar um imposto temporário.

Precisam de R$ 96 bilhões para fechar as contas do ano. Cinco milhões e meio de desocupados “imexíveis” no setor público poupariam R$ 260 bilhões/ano, todos os anos, o que só na era Lula teria somado R$ 3,38 trilhões.

Seis milhões de trabalhadores da iniciativa privada perderam seus empregos em apenas 2 anos. Bem feito para eles. Quem mandou não arrumar também um padrinho político e se encostar nas tetas do Tesouro ? Depois bastaria aumentar impostos e se isso não fosse suficiente, toma-se mais empréstimos. E como solução final pelo óbvio não pagamento, dá-se o calote, o que já é praxe, não sem antes instigar os irresponsáveis dos sindicatos pelegos do setor público à fazer grandes arruaças em dias úteis, único “trabalho” que sabem fazer,  xingando o FMI por ter a coragem de cobrar as contas.

Mais uma década perdida, milhares de empresas nacionais falidas, mais uma vez, e a venda à troco de banana de algumas delas, as ainda recuperáveis, desta vez para os chineses.

Triste sina de um povo obrigado a sustentar um Estado que o engana.


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