sexta-feira, 22 de abril de 2016

Nacional-desenvolvimentismo

Martim Berto Fuchs

Sem coletivismo, sem socialismo; via iniciativa privada. Este é o futuro !!!

O que mais precisa acontecer para que se prove que empresas na mão do Estado não funcionam ? Não funcionaram na Rússia depois URSS, na China, em todo leste europeu, na África, em Cuba, na Venezuela, no Brasil. Nunca funcionaram e não vão funcionar.

Empresas no conceito de coletivas, sem dono, sem responsabilidade com o êxito num sentido amplo, simplesmente não funcionam. Quer dizer, funcionam por um tempo, até que seus empregados e aqueles que nelas mandam, suguem tudo que for possível. Aí, são privatizadas, para desespero dos seus “donos” que até com guerra ameaçam, mas isto por terem perdido os privilégios, beirando a indecência, que em nenhuma outra empresa conseguirão. Empresas estatais, ou 2 x 1, um trabalha e dois olham, é passado.

Um novo conceito de empresas tem que ser admitido, empresas sociais, onde os acionistas (capital) ficam com 50% do lucro, e os trabalhadores registrados na mesma, com os outros 50%.
Importante: estou falando do lucro antes do pagamento de empréstimos que financiaram ou financiam o ativo imobilizado. Ativo imobilizado pertence aos acionistas. Logo, são eles que tem que pagar por ele, com a sua parte do lucro.

Nas empresas sociais, o acionista pode se tornar majoritário com apenas 26% do capital e este acionista pode ser, em última instância, o governo federal, o estadual ou o municipal.
Porém, a primeira regra e mais importante, no caso do governo ser acionista majoritário, é que sua atuação se resume ao Conselho Administrativo, que evidentemente contrata os profissionais no mercado de trabalho, para comporem a Diretoria Executiva. 

Empresa social onde o governo é acionista majoritário:

Artigo primeiro: é vedada toda e qualquer interferência de membros do governo na ação executiva dos Diretores, sob pena de demissão sumária, por justa causa, daquele Diretor que atender, não importa sob que condições, a orientação de governantes, fora das diretrizes expressas claramente e por escrito, pelo Conselho de Administração.

Artigo segundo: é obrigação da Diretoria Executiva o compromisso com a produtividade, com a eficiência e com o êxito, sendo punido com demissão sumária, por justa causa, aquele que praticar ou permitir o empreguismo, seja pela quantidade de pessoas desnecessárias, ou pela qualidade das pessoas contratadas, fora dos padrões estabelecidos.

Artigo terceiro: as regras de funcionamento das empresas sociais são iguais para todas, independente de quem é o acionista majoritário, seja ele particular, estrangeiro ou o governo.

Empresa social onde estrangeiro é acionista majoritário:
Quando estrangeiro, a empresa não poderá contar com a participação acionária do FIPS-Fundo de Investimento e Previdência Social.

É dentro deste conceito que o Brasil dará a volta por cima. Sem mais olhar para o passado, independente da choradeira de uma minoria, que perderá seus indecentes privilégios.

Fica entendido, que defendo a introdução do conceito de empresas sociais, somente se o restante do projeto Capitalismo Social ocorrer simultaneamente, começando pelo sistema político.

À nível de governo, o debate ideológico esquerda x direita é um anacronismo, pois tudo evoluiu, começando pelo ser humano. Então por que ainda estamos discutindo se socialismo (coletivismo) é melhor do que individualismo, capitalismo ?
Pregou-se como um mantra, transformando-se em dogma desde o início do século XX, a mentira de que socialismo é sinônimo de justiça social. Nada mais falso e a prática já demonstrou. Não existe socialismo democrático, pois socialismo (coletivismo) para funcionar exige a supressão da liberdade, bem maior dos seres humanos. Países socialistas não aceitam que as pessoas pensem e expressem suas idéias, salvo se for para apoiar o regime. Se discordarem, somem.

O que temos que aperfeiçoar é o capitalismo, que começou com:

- Capitalismo selvagem até fins do século XIX
- Capitalismo liberal até fins do século XX
- Capitalismo Social à partir do século XXI.

O moderno estado-nação tem que se espelhar nos seguintes princípios:

- Estado político: democrático. Liberdade com responsabilidade.
- Estado econômico: livre iniciativa, onde os trabalhadores serão os acumuladores de capital para desenvolver as empresas sociais.
- Estado social: de justiça para quem trabalha, e de auxílio para quem não pode trabalhar, respeitando e valorizando a individualidade para se chegar ao desenvolvimento do todo.

É através do Capitalismo Social que vamos alcançar cada vez mais a meta de justiça social com desenvolvimento. Somos seres individuais e não seres coletivos. Seres individuais vivendo em sociedade, mas com diferentes graus de evolução.


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