sábado, 6 de fevereiro de 2016

Roubos e ... roubos

Martim Berto Fuchs

1.Cenário um.
- Uma quadrilha estoura um caixa eletrônico e rouba, digamos, R$ 50 mil reais. Este valor será coberto pelo banco ou pela seguradora.
- Esses “trabalhadores” tem família para alimentar, mas se a quadrilha for descoberta, irá para cadeia, com certeza, sem muitas sutilezas ou prerrogativas, sem advogados caros para defendê-los.

2.Cenário dois.
- Um vereador qualquer, de um partido qualquer, é chamado ao gabinete do Prefeito, que lhe pede para fazer parte da base aliada, pois precisa passar projetos importantes para o município e lhe falta um voto para tanto. Expõe ao mesmo quais são os projetos.
Resposta do vereador: - Se me contemplar com 50 vagas na Prefeitura, não tem problema.
Resposta do Prefeito: - 50 não pode ser, pois já tenho dois votos com 25 vagas contempladas para cada um.
Nota: extraído de coluna de jornal, com o nome dos personagens. Portanto, já identificados. Continua tudo igual, como se nada tivesse acontecido, nem denunciado.

Cinqüenta pessoas (50), desnecessárias, multiplicado por um salário mensal de, digamos, R$ 3.000,00, soma R$ 150.000,00/mês x 13 = R$ 1.950.000,00 + os encargos sociais + as despesas que qualquer empregado gera, trabalhe ou não. No mínimo R$ 3 milhões/ano x 4 anos = R$ 12 milhões; se considerarmos que o Prefeito se reeleja, serão R$ 24 milhões. Este valor não será coberto pelo banco ou pela seguradora. Será coberto por nós, contribuintes/eleitores/otários. Ou não ? Se faltar dinheiro para as folhas de pagamento, aumenta-se os impostos ou criam-se novos. CPMF, por exemplo.

O Brasil tem 5.565 Prefeituras, quebradas, 27 estados, quebrados, e um governo federal, quebrado.

O Brasil tem 11 milhões de pessoas (6,5 milhões nas Prefeituras, 3,5 milhões nos estados e 1 milhão na União), como funcionários públicos, recebendo salário dos governos.

Qualquer empresa qualificada, obviamente não contratada pelos próprios, que fosse fazer um levantamento das reais necessidades do setor público, para que este nos desse um atendimento bem melhor do que o atual, chegaria à uma conclusão arrepiante: MAIS da metade desses 11 milhões não tem trabalho, não obstante eles inventarem papéis para serem preenchidos e assim tentar justificar a presença desse pessoal nos seus gabinetes com ar condicionado, ou nos prédios especialmente alugados dos amigos, à peso de ouro, para poder abrigar o “excedente”.
Se tomarmos um valor baixo, R$ 4.000,00/mês, bem abaixo dos salários milionários que esse pessoal recebe, principalmente em Brasília, nas capitais e no Judiciário, multiplicando 5,5 milhões de pessoas, teríamos a “bagatela de (5,5 milhões x R$ 4 mil x 13 meses) R$ 286 bi/ano. Sem contar encargos sociais e despesas correntes que eles automaticamente criam.

1.Tínhamos, antes da crise, já existente em 2014 e camuflada para ganhar as eleições, 5 milhões de desempregados.
2.Teremos até o final de 2016, na ordem 10 milhões de pessoas desempregadas.
Detalhe: trabalhadores das empresas privadas que perderam o emprego por não ter mais trabalho para eles, originado por uma crise criada pela má fé, incompetência e roubo do dinheiro dos impostos.

Pergunta que não quer calar: - Por que a iniciativa privada, que trabalha, produz, recolhe impostos e sustenta as contas dos governos, precisa despedir 5 milhões de seus trabalhadores para tentar não fechar as portas de suas empresas, enquanto os governos mantém, com nosso dinheiro, sem trabalho, apenas emprego, 5 milhões de desocupados que nos custam R$ 286 bi/ano ?

E aí vem essa senhora, dona Dilma, que prima pelo absurdo, afirmar em alto e bom som, que se não pagarmos ainda mais impostos, a crise vai piorar.
É importante frisar, que em 1984 pagávamos de impostos 20% sobre o PIB, e que em 2015 pagamos 36% sobre o PIB, o que significou em valores, 2,7 trilhões de reais.

Portanto, temos roubos, e ... roubos. Nos 13 anos do PT e de sua base enlameada no poder, foram desviados (R$ 286,00/bi x 13) 3,718 trilhões de reais, de necessários investimentos produtivos, que trariam retorno, trariam trabalho e conseqüentemente empregos reais; mas foram desviados para sustentar a grande família dos políticos (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos).

Não estaríamos em crise, pelo contrário, em crescimento, nem precisaríamos arcar com ainda mais impostos, que de toda forma também serão desperdiçados, pois nada mudou de ontem para hoje, nem vai mudar.

A lógica da nossa “justiça” é a seguinte: se não colocarmos os ladrões de bancos na cadeia e permitir que a onda se alastre, não sobrará dinheiro para os outros “ladrões”.





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