sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Número de “funcionários” da Petrobrás

Cláudio Humberto

A comparação da Petrobras às concorrentes ajuda a explicar a trágica situação da alquebrada estatal brasileira. Enquanto a Petrobras paga salários a 315.000 funcionários, entre efetivos (84.000) e terceirizados (231.000), lucrando US$1 bilhão em 2014, a Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam 262.000 pessoas, 53.000 a menos que a brasileira, com lucros somando US$ 58,6 bilhões no mesmo ano.

A Exxon Móbil emprega 83.500 pessoas em mais de 100 países e registrou lucro de US$ 32,5 bilhões em 2014.

A petroleira Royal Dutch Shell paga salários a 94.000 funcionários nos 90 países onde opera, e lucrou US$ 14 bilhões no mesmo ano.

Apesar de multas bilionárias por vazamentos, a British Petroleum (BP), que tem 84.500 funcionários, lucrou US$ 12,1 bilhões em 2014.

A Petrobras opera 7.000 postos no Brasil e em meia dúzia de países.

A Royal Dutch Shell soma 44 mil postos mundo afora.

Diário do Poder
Cláudio Humberto


Comentário do blog:  os números que o Cláudio Humberto está nos mostrando, são apenas da Petrobrás. Temos no Brasil umas 142 estatais, para gáudio dos políticos da base enlameada e principalmente do partido da “ética”, o PT.
E esta situação de empreguismo escancarado vem aumentando ano a ano, principalmente depois que “os cumpañeros” conquistaram a chave do cofre.
Eles não tem limites. Além de terem a corrupção no DNA, são incomPeTentes. O máximo que aprenderam foi bloquear estradas com queima de pneus, e quando o “trabalho” exige mais sujeira ainda, contratam, à base de cinquentinha cada um, os black bostas, especialistas em depredar patrimônio, alheio.
Enquanto a coisa não explodir, eles não param.(MBF).


Em memória:  Paulo Francis
02 de setembro de 1930 – 04 de fevereiro de 1997

Paulo Francis tinha razão. E agora?
Jornal do Brasil

Em depoimento na CPI da Petrobras nesta quinta-feira (23), o presidente da Setal Engenharia e ex-conselheiro da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, afirmou que havia um “clube” de empresas que se reuniu para participar das licitações da estatal. “Era uma forma de as empresas se protegerem diante da força da Petrobras.
Se proteger de modo a não competirem entre si”, explicou. Ainda segundo Mendonça, o clube começou em 1997 com nove empresas.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco também já havia afirma que começou a receber propina "por iniciativa pessoal", em 1997.

Em 1996, o jornalista Paulo Francis denunciou a existência de corrupção na Petrobras. Na ocasião, não houve investigação. Pelo contrário: Paulo Francis foi alvo de um processo milionário e acabou morrendo no ano seguinte, vítima de um infarto.

Como explicar a omissão da diretoria da Petrobras naquela época? Quem nomeou Pedro Barusco? A quem ele dava satisfações em 1997? Ora, quem rouba não pode montar um esquema sozinho, sem que outros departamentos e setores participem. Principalmente auditoria e diretor financeiro. Afinal, é preciso que alguém elabore aditivos, setores aprovem e façam despachos, edite contratos com sub ou superfaturamentos, as listas de preços que existem em todas as companhias... Esses números não eram auditados? 

 

Comentário do blog:  ou entregam a administração da Petrobrás e de todas estatais para profissionais contratados e proíbem os políticos de sequer adentrar em seus escritórios, ou repassem todas elas para a iniciativa privada, ainda com alguma margem, antes que tenham que doá-las, como fizeram com os Bancos Estatais dos estados, a CSN e outras.

Só para constar:  a CSN-Companhia Siderúrgica Nacional na mão do Estado, tinha 21.500 “funcionários” e nos custava anualmente 500 milhões em prejuízo. Doada no governo FHC para amigos, fundos de pensão e os próprios funcionários, reduziu seu efetivo para 8.500 trabalhadores, aumentou a produção e passou a contabilizar lucro de 1 bilhão, com 270 milhões pagos de I.R. ao próprio governo. Ou seja, em vez do governo injetar anualmente à fundo perdido 500 milhões, passou à receber 270.

E ainda temos umas 142 estatais sendo sustentadas pelos otários de sempre, nós, para dar emprego sem trabalho para a grande família dos políticos (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos), sem contar os sindicalistas pelegos, cuja vocação para emprego sem trabalho não tem paralelo.(MBF).


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