segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Corrupção

Martim Berto Fuchs

Tenho lido artigos de diversos “especialistas” e “cientistas” tratando do tema corrupção.
Mas não encontro aquilo que considero a raiz da corrupção e noto, ainda, um certo tomar partido nessas análises e situando-as muito perto do tempo presente.

Vejamos. Em 1808 quando da chegada da família imperial à sua colônia, já então mais próspera que a matriz, a comitiva de 44 naus trouxe, segundo historiadores, entre 10 a 15 mil pessoas.

As cidades da colônia, na época, não tinham como acomodar tanta gente, mesmo reunindo Salvador e Rio de Janeiro.
Começa então a histórica troca de favores entre o público e o privado. Os ricos da época cederam suas mansões, mas não gratuitamente, por supuesto. Alguns tentaram receber aluguéis e não conseguiram. Outros cobraram a conta recebendo favores, favores prestados com dinheiro público. Títulos nobiliárquicos foram distribuídos à rodo, e esses “nobres”, com o decorrer dos anos, agora já como participantes da Corte, colocavam sua grande família (áulicos, parentes, amantes e amigos) à viver as custas do dinheiro público. Essa promiscuidade e é este o termo correto, pois os bastardos nascidos com as amantes, quando adultos, eram acomodados no serviço público, que de público pouco tinha, pois a única coisa que o ligava ao público, era que este pagava a conta.

Esta prática, depois que começaram as eleições, todas com cartas marcadas, frise-se, enraizou-se e continua exatamente igual até nossos dias. Em troca de votos, os candidatos de si mesmo prometem abertamente colocar os cabos eleitorais nas folhas de pagamento do setor público.

Que nome podemos dar à esta prática ? Corrupção !!!
Que moral terão esses eleitos para gerir a res pública ? Nenhuma. Do fato de encostar sua grande família (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos) nas folhas de pagamento do setor público, à mancomunar-se com “empresários” que também querem participar do butim, é um pulo. E, uma vez iniciado o processo, não tem mais volta.

O lullo-petismo boi-livariano apenas extrapolou as apostas. Vindos dos proletários “sem culotes”, ao comer mel se lambuzaram. Quando viram a montanha de dinheiro à sua disposição, agora que possuíam a chave do cofre, endoidaram.

Para combater a corrupção no Brasil, temos que começar por proibir a prática centenária de os eleitos terem o direito, e é disto que se trata, de fazer com que a sociedade pague os salários de milhões de pessoas por eles empregadas no setor público. Emprego sem trabalho.

Lembrem-se !!! Milhões de trabalhadores da iniciativa privada estão perdendo seus empregos porque lhes falta trabalho, situação gerada por um governo absolutamente incompetente, desonesto e maldoso.


Até quando vamos assistir aparvalhados o desastre acontecer na nossa cara, governo após governo, e quando chamados à referendar (o que os “cientistas políticos” chamam de votar) o nome desses bandidos auto-impostos, corremos às urnas e renovamos seus desmandos (mandatos)?


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