segunda-feira, 23 de novembro de 2015

“ROLETA VICIADA” É GOLPE DE ESTADO

Antônio José Ribas Paiva

O Estado é ente ficcional, instituído pelos povos para administrar a coisa pública e proteger as pessoas.

A estrutura administrativa do Estado é o limite de atuação dos governos, escolhidos para cumprir o que foi instituído pelos povos.
Qualquer personalismo, no trato da coisa pública é usurpação do Poder do Estado, que ilegitima os governantes, porque foram escolhidos para exercer o mandato em prol da Nação, nunca, objetivando interesses pessoais, como é regra no Brasil.

Para governar o seu Estado, os povos estabeleceram vários métodos de escolha, sempre objetivando “escolher o melhor entre iguais”.

As monarquias, por exemplo, escolhem os chefes de estado via sucessão sanguínea e educam os futuros monarcas para o seu mister: cuidar da coisa pública. 

As sociedades primitivas escolhiam os melhores guerreiros para governa-los e chefiar seus exércitos. Modernamente, nas repúblicas, e também nas monarquias parlamentaristas a seleção dos governantes é feita através de processos eleitorais, mas o objetivo primordial permanece: “a escolha dos melhores entre iguais”.

Qualquer mecanismo de escolha, que não se preste a escolher o melhor entre iguais, para governar, é ilegítimo, configurando GOLPE DE ESTADO.

Um GOLPE DE ESTADO pode ocorrer por levante popular, por intervenção militar, que remova um governo ou, “de GABINETE”, como é o caso dos vícios nos mecanismos eleitorais, que impeçam o exercício do direito de livre escolha do eleitor.

A Nação Brasileira, apesar de todos os seus esforços, ainda não conseguiu estabelecer mecanismos adequados de escolha dos seus governantes.

Os governos militares, que pacificaram a sociedade e lançaram as bases para o Brasil potência, não aprimoraram as instituições, porque, não estabeleceram mecanismos de escolha confiáveis, para garantir a democracia. Inadvertidamente, delegaram essa missão fundamental para a classe política, que legislando em causa própria, deformou o processo eleitoral, para garantir seus interesses e eternizar-se no Poder do Estado.

Devido a essa ilegitimidade, o processo político eleitoral brasileiro, deixou de escolher os melhores entre iguais, tornando-se verdadeira “roleta viciada”, para atender, exclusivamente, aos interesses de poder da Classe Política, a qual se aproveitou da suposta redemocratização, para dar o GOLPE DE ESTADO no povo brasileiro, tomando de assalto a estrutura do Estado.

Esse Golpe escravizou o povo, criando a Casta dos Governantes, verdadeira monarquia do crime, que oprime a Nação, satisfazendo interesses próprios e do poder transnacional.

A classe política, matreiramente, fez crer ao povo, que este elegeria os governantes “diretamente”. Na verdade, todas as eleições são indiretas, porque os candidatos são previamente escolhidos pelos chefes partidários. O eleitor só escolhe dentre os que já foram escolhidos.

As eleições majoritárias são como páreos, em que “todos os cavalos são do mesmo dono”. É por isso, que Fernando Henrique salvou o mandato de Lula, no escândalo do mensalão. Por muito menos Fernando Collor foi cassado.

Foi essa “Roleta Viciada”, que “escolheu” Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma e corre-se o risco de “entronizar” Aécio Neves; políticos que, em hipótese alguma, são os “melhores entre iguais”, que o povo brasileiro poderia eleger.

Collor foi caçado pelos seus pares, para salvar o regime político deles. Fernando Henrique é o “Rei da Privataria”, que doou a Vale do Rio Doce, a Siderúrgica Nacional e a telefonia, para o poder transnacional. 

Lula é o senhor mensalão.
Dilma é o “poste” eleito pelo padrinho, que não esclareceu a sua participação nas inúmeras irregularidades praticadas na gestão da Petrobras e, Aécio Neves, que Governou Minas, sem impedir o subfaturamento das exportações do nióbio Mineiro,  prejudicando Minas Gerais e o Brasil.

Por tudo isso, os segmentos esclarecidos da Nação, civis e militares, têm o dever de interromper o círculo vicioso de Golpes de Estado, praticados pela classe política, contra o bom povo do Brasil, através dos seus processos eleitorais viciados e, portanto, ilegítimos!

A Nação vive hoje e constrói a história do Brasil diariamente. Não há o que esperar. Resta impedir, urgentemente, o Golpe de Estado, consubstanciado nas eleições, dos que já foram eleitos!
São Paulo, 23 de abril de 2014.

Associação dos Usuários de Serviços Públicos
Antônio José Ribas Paiva
Presidente


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