domingo, 22 de novembro de 2015

Estado Islâmico (EI ou ISIS)

Célio Pezza

Após os atentados em Paris que mataram até o momento 129 pessoas e deixaram centenas de feridos, o grupo radical islâmico EI assumiu toda a responsabilidade e disse que esse ataque é só o início da tempestade.

Esse grupo radical foi criado a partir de um braço iraquiano da Al-Qaeda, passou a controlar áreas da Síria e do Iraque e restaurou a formação de um califado, onde as regras de vida são rígidas e baseadas na antiga lei islâmica chamada sharia. Em seguida, vários grupos terroristas muçulmanos não aceitaram o califado e o próprio EI, se tornando seus inimigos.

A principal receita do grupo vem da venda de petróleo, com uma receita aproximada de US$ 3 milhões por dia. Outra fonte de renda é a cobrança de impostos nas regiões em que controlam. Para os militantes do EI, todos que não seguem sua doutrina, são seus inimigos, mesmo que sejam muçulmanos.

Desde julho de 2014, o EI vem publicando a revista Dabiq em várias línguas, onde mostra a guerra do estado islâmico como sendo a continuação de uma batalha medieval sagrada entre cristãos e muçulmanos, onde os “cruzados” modernos são os povos ocidentais.

Em uma das revistas, eles mostram a bandeira islâmica hasteada no Vaticano e deixam claro que Roma é um dos grandes inimigos. Dentro de sua teologia, existe o Final dos Tempos, da mesma forma que o Apocalipse cristão e a batalha final entre o Bem e o Mal, a ser travada em Dabiq, que é uma região ao norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.

De acordo com a crença islâmica, tudo vai se concretizar a partir da invasão americana na Síria. Neste momento, de acordo com suas profecias, grande parte dos muçulmanos que hoje estão divididos e não apoiam o EI, irão se juntar em um só exército, para combater os “cruzados”.

Dentro dessa ótica, o EI espera e quer essa invasão, pois aí terá a chance de se cumprir a profecia sobre a união dos muçulmanos ao seu novo califado. Serão poucos anos de batalhas dentro da Síria como nunca se viu e no final os muçulmanos sairão vitoriosos. Eles serão liderados por um Mahdi, um líder religioso que irá aparecer no início do conflito. Interessante que essa guerra santa do EI é contra o cristianismo ocidental e não contra Jesus, a quem respeitam e acreditam que será um futuro aliado do islamismo.

O ex-presidente xiita do Irã, Ahmadinejad, é um dos que acredita nessas profecias e está comprometido em preparar o caminho para esse Mahdi e colocar em suas mãos tudo o que estiver disponível, inclusive armamentos nucleares. O papa Francisco, após os atentados em Paris, disse com muito conhecimento que, diante dos fatos, será inevitável uma terceira guerra mundial e infelizmente, o motivo será religioso.

Verdade Mundial



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