terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Não basta demitir os inimigos naturais da liberdade


por Jorge Serrão

"Todas esas doctrinas colectivistas - nazismo, fascismo, fanatismo religioso, comunismo y nacionalismo -, son enemigos naturales de la libertad". Quem escreveu essa útil e importantíssima sentença sociológica em seu twitter foi o escritor e político peruano Mário Vargas Llosa. O coletivismo, atacando covardemente os valores libertários da individualidade humana, é o gerador de desgovernanças incompetentes, autoritárias e corruptas como a que temos em Bruzundanga - impropriamente chamada de República Federativa do Brasil, onde, na prática, não praticamos os princípios republicanos e ainda avacalhamos os federativos.

O Brasil não pode ficar refém do coletivismo populista e corrupto. Mas não basta substituir as peças que parecem estar no topo do poder. Temos de mudar a modelagem do sistema. Se o modelo institucional do Estado brasileiro não for reformulado, para ter transparência, legitimidade e eficiência, com regras e sanções bem claras, e fiscalização externa promovida por cidadãos tecnicamente capacitados e eleitos para cumprir a função por tempo determinado, tudo continuará como dantes no Cassino do Al Capone. O Brasil continuará sob regime capimunista, sendo a velha colônia de exploração mantida artificialmente na miséria porque não definimos um projeto de Nação, e aceitamos a exploração por uma Oligarquia Financeira Transnacional que controla nossos negócios.

Já passou da hora de pensarmos soluções corretas para o Brasil e colocá-las em prática. Isto só será possível pela via do debate democrático - que os coletivistas, autoproclamados condutores da verdade histórica - não permitem. Nós temos de interagir para transformar. Por isso, temos de explorar as potencialidades do maravilhoso mundo da internet, que torna tudo transparente, mas precisa ser usado com sabedoria - o uso correto dos conhecimentos. Isto só é viável se compreendermos a importância da atuação individual em rede - tirando proveito deste fluxo interativo de convivência social em um sistema distributivo. Tudo em tempo real.

Mudar, em bases corretas e verdadeiras, é urgente para os brasileiros. Por isso, não adianta investir a maior parte do nosso tempo em debater a necessidade de queda do atual desgoverno. O regime nazicomunopetralha já ruiu em seus fundamentos. Só falta cair de podre. O problema central, novamente, é: não basta assistir a troca do ocupante da centralizadora cadeira presidencial. Os inimigos naturais da liberdade dos brasileiros continuarão agindo, na mesma lógica, se o sistema não sofrer um aprimoramento institucional. Novamente, é preciso insistir, o tema precisa ser debatido seriamente. Até agora, as raras discussões continuam muito restritas e distantes do grande público hoje tão interligado em rede que até transformou o termo "impeachment" em palavra da moda neste carnaval.

Os segmentos esclarecidos da sociedade precisam se abrir para o debate sério. Não podem se comportar como meros torcedores esportivos, nas eleições ou sempre que a situação brasileira se torna insuportável - como agora. Cada indivíduo minimamente consciente tem o dever de agir de maneira libertária, para propor soluções viáveis e ajudá-las, concretamente, a colocá-las em prática, em um prazo definido. Planejar, pensar e agir é a única saída viável. Qualquer outra pseudo solução mágica é de altíssimo risco social.

A idiotizada massa nazicomunopetralha não quer saber disso. A eles interessa o modelo capimunista, no qual o Estado em que o grupo por qual torcem tem a hegemonia, dita as regras e distribui, para eles, as migalhas sociais na forma de "favores". Historicamente, os brasileiros, que não inventaram o Estado, mas sim herdaram um Estado inventado por outro Estado cartorial, autoritário e corrupto, preferem, comodamente, o modelo que está em vigor, no qual o Estado manda e age para quem obedece direitinho. Esta visão distorcida é a gênese de nosso caos.

Mudá-la é preciso. O processo é cultural, psicossocial, democrático. Qualquer outra medida de força apenas vai reforçar o mesmo esquema autoritário, clientelista, patrimonialista e corrupto em vigor. A mudança do modelo dá trabalho. Não vem em passe de mágica, caindo do céu feito chuva. Cada um tem de fazer sua parte. Por isso, não é fácil. Ainda mais que a maioria idiotizada demonstra grande capacidade reacionária de impedir que as coisas corretas sejam feitas no Brasil. Superar os imbecis coletivistas é a missão prioritária. O resto é boa consequência...

Então, ok: Vamos demitir a Presidenta. Ninguém aguenta mais os incompetentes e corruptos panacas do Planalto. Mas vamos, junto com isto, cuidar de mudança na missão, visão, orientação e gestão da empresa. Ajamos antes que seja tarde... O Brasil está fora da realidade do mundo. Haja jato para lavar tanta sujeira e burrice...  

Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net


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