terça-feira, 29 de outubro de 2013

4 - Projeto suprapartidário por um novo Brasil – Cristovam Buarque

Cristovam Buarque (PDT-DF), senador


“O que une esse grupo que ganhou o prêmio é que nós não somos indiferentes. Eu não sei ser indiferente em relação aos problemas que estão aí. O imediatismo está consumindo o trabalho da gente. A gente está vivendo uma guerrilha com uma arma poderosíssima, a internet, colocando focos em cada cidade. O que aparece mais é Rio e São Paulo por causa da violência, mas é raro um dia em que não há ocupação de uma câmara de vereadores, uma manifestação que toma a rua que vai para o aeroporto. Isso vai crescer. Não tem como achar que isso vai diminuir. Quem acha que vai diminuir graças à policia está errado. Claro que tem de haver polícia para parar quebra-quebra. Mas tem menino que está indo aí para rua que o que ele mais deseja é ser preso, porque, em um regime democrático, não vai haver prisão demorada, ninguém vai ser torturado ou desaparecido. Há um clima de indignação de muitos, de desilusão de muitos e de desespero de outros, que nunca nem tiveram ilusão. Bota uma máscara e sai para quebrar. Uns saem para mudar o Brasil, outros para quebrar as coisas do Brasil. Isso vai crescer. E nós o que vamos fazer? O que podemos fazer? Vamos manter o divórcio? Deixar que o assunto seja de polícia ou entender o que está acontecendo?”

Comentário do Blog:  
1.   “E nós o que vamos fazer?”  Tenho acompanhado seus artigos nos jornais. Leio e entendo que o senhor está preocupado com a situação. Mas Senador, para mudar é preciso se basear numa proposta concreta. Não basta apenas falar em educação e defendê-la como caminho para mudanças na sociedade. Na Constituição está escrito que o Estado tem obrigação com a mesma. Está provado e COMPROVADO que o Estado brasileiro é um fim em si mesmo, consumidor voraz de toda arrecadação apenas para satisfazer seus apetites, esquecendo-se de cumprir com as obrigações básicas que lhe cabem e pelas quais justamente arrecada: educação, saúde, segurança e infra-estrutra.
2.   Mas fiquemos apenas na educação, que é seu tema preferido. O atual governo aumentou a arrecadação sobre o PIB, de 26% - último ano governo FHC – para 38%. Onde foi parar esse dinheiro ? Boa parte em excesso de publicidade, sabemos – agora, mais 300 milhões da Petrobrás em publicidade de elogios à esse “governo” -, mas quanto à parte prática, o que se fez e se faz se até médicos já estamos importando ?

Portanto Senador, chega de querer mudar os efeitos sem atacar as causas, caso contrário serei obrigado a modificar o conceito que do senhor faço. Está mais do que na hora de atacar as causas que mantém a sociedade brasileira refém dos políticos e seus financiadores, e essas causas começam por declararmos nossa independência em relação aos países do primeiro mundo e à Oligarquia Financeira Internacional e proclamarmos uma república realmente democrática.
Isto só será possível se rompermos definitivamente com nossa “Monarquia”, não mais a absolutista, mas a republicana que a substituiu, pois a “Coroa” continua mudando de mãos, apenas que agora entre os comensais da Corte, repartidos entre dezenas de partidos políticos, e mantendo de fora dessa disputa quem não pertencer à uma dessas organizações criminosas que vocês tão elaboradamente denominam de partidos.  

Vamos educar nosso povo SIM, é imprescindível, mas com ações concretas e não apenas através de propaganda paga. Para isso acontecer, não é mais possível que o Estado dilapide e roube através de seus representantes, TODA arrecadação extorquida dos contribuintes indefesos.

As escolas públicas estão viradas num lixo !!! 


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