terça-feira, 23 de julho de 2013

2014 terá que ser o ano da virada. O impulso inicial já foi dado.

Pelo fato das atuais manifestações terem se iniciado apenas em torno da redução dos valores das passagens de ônibus urbano, uma vez tendo conseguido seu principal objetivo, perderam bastante do seu ímpeto inicial.
Não obstante o contra-ataque do governo ou do PT, insuflando baderneiros contratados para desmoralizar o movimento, ele foi vitorioso, provando que mudanças só serão conseguidas através de pressão popular, uma vez que o Congresso Lamaçal, mui digno representante da Corte, só legisla em causa própria.

Tivemos um belo exemplo na Islândia em 2008, quando um poeta e ativista dos direitos humanos, Hördur Torfanson, preocupado com a crise bancária que estava liquidando com o país, tomou de um microfone e foi para a frente do parlamento convidando as pessoas a também se expressarem contra a desordem econômica que seus “governantes” haviam patrocinado, engambelados – ou nem tanto, pois provavelmente tiveram seus ganhos particulares - que foram pela oligarquia internacional.
O movimento dele foi tão vitorioso, que o Primeiro-Ministro renunciou e com isso mudou-se a história política no país, inclusive com a elaboração de uma nova Constituição, onde 950 cidadãos comuns foram escolhidos por sorteio para apresentar suas idéias de como deveria ser o processo constitucional.
Depois, de uma lista de 500 nomes, 25 cidadãos comuns foram eleitos para escrever a nova carta.

Isso nos mostra que é possível sim a sociedade mudar as regras políticas do nosso país, debatendo até o início da Copa de 2014 um novo Contrato Social, e então, pacifica e organizadamente, em torno de um objetivo comum e definido, iniciar um movimento pela nossa Independência econômica que nunca houve e Proclamar uma República que também só existe no papel e tudo sem ser por golpe militar e sim por democrática pressão popular.

Insisto nesse ponto: debate prévio de uma nova e revolucionária proposta, porque todas as revoluções havidas até hoje só mudaram o nome dos exploradores, sejam eles grupos ou países.
Dos países passamos das mãos dos portugueses para os ingleses, inclusive assumindo a dívida dos mesmos quando da nossa tão alardeada Independência, que a bem da verdade iniciou nossa via cruxis junto aos bancos, da qual nunca mais nos livramos. Até hoje pedimos emprestado para pagar dívidas contraídas de forma irresponsável e não para investir.
Dos grupos, vimos passando das mãos da oligarquia para os burgueses e vice-versa e nos últimos 12 anos quem nos explora e engana são os sindicalistas pelegos, comandados por Don Luiz 51 de Piracicaba y Bourbon( 20 anos), inclusive com sua última e fracassada tentativa de parar o país.

Convocações anteriores não tinham o concurso da internet com suas redes sociais, ferramenta que bem usada pode e deve mudar nosso país.
Estamos desde 1808 sendo vergonhosamente explorados por grupos escudados em partidos políticos, mas que entre si dividem o butim, como bem prova a impunidade que impera nos altos escalões, nos três podres poderes, na Corte da nossa Monarquia Republicana, que se alimentam e multiplicam às custas 200 milhões de extorquidos – menos uns vinte
milhões para quem os valores pagos por todos, retornam.

Se formos esperar por mudanças partindo do nosso Congresso Lamaçal, pelo menos esperemos sentados, melhor ainda deitados em berço esplêndido, pois senão cansaremos. Desse mato não sai coelho, nem que a vaca tussa.

Temos um ano pela frente para, diferentemente da Islândia, preparar uma nova Carta, um novo Contrato Social, brasileiro, sem cópias e sem embustes, dando à palavra DEMOCRACIA o seu real significado.
Iniciar  novas manifestações apenas para mudar alguns efeitos será tempo desperdiçado, mal empregado e que acabará por banalizar o processo.
Da próxima vez, precisamos atacar as causas dos nossos males e essas estão no sistema político, viciado e ultrapassado.

Capitalismo Social é uma proposta atualizada, não obstante estar sendo preparada desde 1975. Trata-se de democracia representativa sem o cabresto dos partidos políticos, estes utilizados por todos regimes, incluso o comunista, sem falar nos ditos democráticos, como o nosso, onde essas organizações criminosas criaram o reino da impunidade e dele sobrevivem.


Proposta completa: agosto/2012.

2 comentários:

relatar atividades culturais e reuniões da Academia de Letras José de Alencar - ALJA disse...

Artigo maravilhosamente lúcido e oportuno.
Vejam minha luta: http://afavordademocracianbrasil.blogspot.com.br/

Anônimo disse...

De passagem por este Blog quero parabenizar seu idealizador e os seus artigos. Já adicionei a "meus favoritos" no navegador para acompanhamento. Abraço, Nivaldo Bonasio