sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eleições sem partidos

Nossa cultura é que advoga a necessidade de partidos políticos para que se exerça esta atividade essencial para a definição das regras de convivência em sociedade. No mínimo dois, para abrigar situação e oposição.  
De antemão pergunto: - E quais são as regras definidas para cada lado ? E quem as define ? E porque 2 e não 4 ou 6, para melhor acomodar tendências, uma vez que o bi-partidarismo provou sua ineficácia nos governos militares, tanto que permitiram as sub-legendas ?

Partidos políticos foram oficializados pela primeira vez na Inglaterra no século 18 para acomodar grupos de pessoas com visão antagônica surgidas com o advento do liberalismo e também classes sociais. Em ambos os casos definem e implantam uma divisão na sociedade. Que tenha feito sentido naquela época não cabe mais discutir. O que cabe discutir se isso ainda é válido.

Como se não bastasse o surgimento de religiões para dividir os seres ditos humanos, insiste-se na sua divisão também em partidos políticos, usando-se da surrada dicotomia ideológica, esquerda e direita, quando é sabido que sempre existiu apenas uma ideologia: dinheiro e Poder e a forma de consegui-lo e mantê-lo. O surrado discurso de que é pelo bem do povo é o manto que vestem para disfarçar seus reais objetivos.

Quando defendo um novo contrato social dentro de um novo paradigma, quero dizer justamente isto: não se dividir o povo em classes ou categorias, sejam estas políticas, religiosas ou medidas por seu patrimônio material; que todos tenham dignidade e respeito junto ao próximo e não somente aqueles que atropelam a tudo e a todos, com seus “imaculados” partidos políticos e suas religiões, cada uma com seu “livro sagrado”, contendo cada um as únicas verdades da vida.

Antonio Rubbo Müller em sua meritória obra Teoria da Organização Humana classificou a existência em 14 grandes sistemas. E é baseado neles que deveria ser discutido pela sociedade o seu modus vivendi, seu constante aperfeiçoamento particularmente dentro de cada sistema, mas sempre conectado ao todo.
O debate dentro de cada Ministério (sistema) não precisa obrigatoriamente de situação e oposição definidos, pois dependendo do tema tratado, as posições se modificam. Ninguém é obrigado à votar contra ou a favor por orientação do partido. Cada um é obrigado a votar sim, de acordo com seu conhecimento e consciência, pois para lá chegar, ser um dos 14 Ministros, teve um longo caminho a percorrer e sempre trilhado pelo democrático processo de eleições, e, detalhe importante, com chances iguais para todos candidatos.

Um processo político sem a existência de partidos não só é possível como altamente vantajoso, em todos sentidos, seja em custos para a nação, seja em benefícios para seus cidadãos.

Ministérios. Há 30 anos tínhamos 12 onde Ministros incompetentes eram a exceção. Hoje temos 38 onde a incompetência é a regra.
Ministros devem ser eleitos diretamente pela sociedade, sem divisões ideológicas e sim pela sua capacidade de propor soluções dentro de cada um dos 14 sistemas. Se é para errar, desta vez deixemos que a sociedade erre, em vez de apenas levar a culpa ao referendar candidatos impostos pelos partidos políticos, escolhidos por critérios no mínimo obscuros.

Eleições. Com as urnas eletrônicas a votação e apuração tornou-se rápida. Nos EUA efetuam-se eleições inclusive em dias úteis.

- Salvo na primeira eleição deste novo sistema, onde os perdedores são eliminados, em todas  eleições subseqüentes ninguém mais fica de fora. Não será mais necessário criar centenas de departamentos e cargos para acomodar perdedores.
- Como poderemos ver, para se chegar à Ministro de qualquer um dos 14 Ministérios (sistemas), o candidato terá que ir recebendo aprovação gradativa até alcançar a nacional; diferentemente de hoje, onde são escolhidos não pela sua capacidade profissional, mas sim pela sua maleabilidade de gerir “malfeitos” para o partido. E mesmo assim as principais normas seriam elaboradas pelo Poder Constituinte, “imexíveis”, eliminando assim a tentação de Leis dirigidas para amigos e setores.

- Em 5 eleições consecutivas, 150 dias, teríamos um Ministro livremente escolhido pelo povo, sem tutela nem regalia.

1ª eleição para Conselheiro Municipal.
2ª eleição para Secretário Municipal.
4ª eleição para Secretário Regional pela sua mesoregião.
5ª eleição para Secretário Estadual.
6ª eleição para Secretário Nacional (Ministro).

1. Este novo contrato social não trata de remendos no existente para atender grupos de pressão, nem é favorável à classes e partidos. É um novo paradigma.
2. Ninguém está proibido de ser rico, desde que não seja às custas da miséria dos outros. E isto é possível sim.
3. O que fizestes ontem colherás hoje. O que fizeres hoje, colherás amanhã. Esta é a Lei e para que se cumpra, independe da sua crença.

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