segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Educação. Que educação ?

Se há 50/60 anos atrás ainda havia palmatória, hoje liberou geral. Quem são as pessoas que de uns anos para cá estão desvirtuando os conceitos que formaram os homens desta nação ? Chamam à isto de direitos ? Direitos de que ? De desvirtuar todos valores que conhecemos, em troca de um amontoado de teorias estranhas e avessas a maioria ?

Decretos e medidas provisórias são paridas na calada da noite, em nome de um grupo ideológico que se adonou do Poder com promessas mil, sempre vagas e mal formuladas, mas que gradativamente, como quem não quer nada, aparecem como uma nova ordem, não debatida quando das eleições. Não foram claramente expostas a sociedade para debate e quando menos se espera, nos são impostas.

Professores, que deveriam se constituir num dos melhores salários do país, são os mais baixos na escala. Por que ? Não bastasse esse desrespeito por estas pessoas, como profissionais, ainda inverteram a ordem natural dos fatos, pois agora são os alunos que determinam o que o professor pode ou não fazer dentro da sala de aula.

E esses alunos, depois de alguns anos dessa educação de “primeiríssima qualidade”, estarão se aventurando na podre política partidária e ditando as regras para toda sociedade. A única e triste conclusão que chego, é que esses “brilhantes alunos” já se encontram no Poder e ditando as regras para nosso país.


“Porto Alegre (RS), 16 de julho de 2011
Meu nome é Maurício Girardi. Sou Físico. Pela manhã sou vice-diretor no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre , onde à noite leciono a disciplina de Física para os três anos do Ensino Médio.   Pois bem, olha só o que me aconteceu:   estou eu dando aula para uma turma de segundo ano. Era 21/06/11 e, talvez, “pela entrada do inverno”, resolveu também ir á aula uma daquelas “alunas-turista” que aparecem vez por outra para  “fazer uma social”.  Para rever os conhecidos.
Por três vezes tive que pedir licença para a mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos. Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava de bastante atenção de todos, toca o celular da aluna, interrompendo todo um processo de desenvolvimento de uma idéia e prejudicando o andamento da aula. Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender' e que o Colégio é um local aonde se vai para estudar. Então, a “estudante” quis argumentar, quando falei que não discutiria mais com ela.
Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas. De casa, sua mãe ligou para a Escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretoria da Escola.
Qual passo dado pela mãe?  Polícia Civil!... Isso mesmo!... tive que comparecer no dia 13/07/11, na  8.ª (oitava Delegacia de Polícia de Porto Alegre) para prestar esclarecimentos por ter constrangido (“?”) uma adolescente (17 anos), que muito pouco frequenta as aulas e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores. A que ponto que chegamos ? Isso é um desabafo!... Tenho 39 anos e resolvi ser professor porque sempre gostei de ensinar, de ver alguém se apropriar do conhecimento e crescer. Mas te confesso, está cada vez mais difícil.
Sinceramente, acho que é mais um professor que o Estado perde. Tenho outras opções no mercado. Em situações como essa, enxergamos a nossa fragilidade frente ao sistema.”


Recebi este texto pela internet e somado ao que já conheço de outras histórias parecidas, pois tenho uma sobrinha como Diretora de Escola Municipal, optei por expor o caso aqui no blog, para reforçar minha tese de que somente um novo contrato social poderá tirar nosso país do caminho para o qual estamos sendo bovinamente conduzidos pelos nossos “iluminados e ilustrados governantes e congressistas”.

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